Quem ganha com a guerra?

O cenário é devastador: em meio aos escombros, mortos, feridos. Caos. Bombas e barulhos de armas a todo momento. Insegurança. Em ambos os lados de todas as guerras há sofrimento, perdas. Família, amigos, animais. Casas, lares, sonhos. E, com eles, o planeta. Em todo e qualquer conflito armado.

Quem ganha com a guerra? Certamente não são os que perderam alguém. Muito menos os que morreram. Soldados, civis, jovens, idosos, crianças. Tampouco serão os comerciantes locais, alunos, professores, prestadores de serviço… Será que a guerra é mesmo a melhor maneira de lidar com os conflitos? Não será um preço alto demais para os indivíduos e as sociedades envolvidas?

De acordo com dados do relatório deste ano do Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (Stockholm International Research Institute, Sipri), instituição dedicada a pesquisas sobre conflitos, armamentos e controle de armas, nos últimos dez anos, o número de guerras aumentou, assim como o gasto militar. Mais de 50 países estiveram envolvidos em conflitos em 2022 – ou ainda estão. Para os civis, o efeito foi o aumento da insegurança alimentar aguda. Sem contar as migrações forçadas, os traumas, as doenças… Quem ganha com a guerra?

Guerra e paz

Os pesquisadores do Sipri observaram um aumento de 1,9% na produção de armas e na prestação de serviços relacionados no mundo, totalizando 592 bilhões de dólares. Eles alertam que trabalharam sobre os dados de 2021, por serem os mais recentes disponíveis. O setor armamentista chegou a crescer até mesmo durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19. Serão estas as únicas ferramentas de que dispomos para a paz?

A Organização das Nações Unidas nos fala de uma cultura de paz, que consiste em “valores, atitudes e comportamentos que refletem e inspiram a interação social e a partilha com base nos princípios de liberdade, justiça e democracia, todos os direitos humanos, tolerância e solidariedade”. Propõe rejeitar a violência e prevenir conflitos ao enfrentar suas causas por meio do diálogo e da negociação. E, por meio da Unesco, voltada para a cultura, a ciência e a educação, nos convida a criar essa cultura de paz nas escolas.

Se podemos aprender a lutar, também podemos aprender a pacificar. O que vamos aprender e ensinar?

Para refletir: Quantas pessoas morrem por conta dos conflitos armados, em todos os lados (civis e militares)? Quem lucra com a guerra? Qual o impacto dos conflitos nas sociedades? Que relações podemos traçar entre guerra e intolerância? Que sentimentos causam guerras? Será que nós temos esses sentimentos também? Como lidamos com as diferenças de opinião?

Fontes/Para saber mais:

Texto: Fernanda Veneu
Imagens: Pixabay

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